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Rio de Janeiro Brasil, 2018-2019.
 

O Rio de Janeiro é a capital e âncora da área metropolitana do estado do Rio de Janeiro, o terceiro estado mais populoso do Brasil. Parte da cidade foi classificada como Patrimônio Mundial, denominada " Rio de Janeiro: Paisagens Cariocas entre a Montanha e o Mar ", pela UNESCO em 1 de julho de 2012 como Paisagem Cultural. Possui também a sétima maravilha do mundo, um dos cartões postais mais conhecidos no mundo, o Cristo Redentor. Mas esta série não é sobre a cidade, tampouco sobre a zona sul mas sobre a pluralidade que escancara as desigualdades e exclusões sociais.

 

Segundo Pesquisa do Instituto Data Favela, se as favelas fossem um estado, seriam o 5º mais populoso da federação, capaz de movimentar 63 bilhões de reais a cada ano. Elas representam 1/3 da população carioca. Com 2 milhões de moradores, a renda anual das comunidades do Rio é de R$ 12,3 bilhões e são responsáveis por 19% do total da renda dos brasileiros que moram em favelas - a renda média mensal é R$ 965.  A média de idade desses moradores é de 36 anos. A pesquisa também perguntou sobre o nível de escolaridade dos moradores. No total, 3% não são instruídos, 27% possuem o ensino médio completo, 1% dos entrevistados completaram a faculdade e 4% possuem ensino superior incompleto. Ainda segundo os dados coletados pelo Instituto, 94% das pessoas que moram nas comunidades são felizes e otimistas.

O estado brasileiro (sub. masc. referente ao conjunto de qualidades, características e condições em que as coisas se encontram ou apresentam em determinado momento, e não à um país soberano ou nação) é um exemplo tênue entre a falência da humanidade e a experiência que se deixa sonhar sobre uma nova sociedade - que não seja escrita com sangue. A intitulada "guerra às drogas", com a política de combate direto ostensivo através de incursões policiais, é um modelo fracassado que provou não trazer a redução ou controle da violência urbana. Muito pelo contrário, além de atestar o genocídio da população negra, dados mostram que o impacto do investimento bilionário da polícia do Rio poderia ter um papel de investimento pra reparação histórica e integração social através de saúde, educação, esporte, cultura e tantos outros setores. A polícia do Rio é a que mais mata e morre, sendo sua principal vítima a juventude negra, sobretudo homens, mas também são vítimas recorrentes crianças, idosos e até gestantes de vidas que nem tiveram o direito de existir. A cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil. 

“O Rio de Janeiro é uma área de risco permanente. Pelo relevo montanhoso, pelo território pantanoso, pela desigualdade acachapante, pelo descaso doloso. Todo ano uma tragédia. A todo tempo, um luto. Por aqui, pessoas morrem em operação policial, disputa entre grupos criminosos, falta de leito em hospital, desemprego e fome, enchente, deslizamento, desabamento." (Trecho da coluna de Flávia Oliveira no jornal O Globo do dia 04/06).

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